Jesus Cristo é Deus? - primeira parte

Sim, Jesus Cristo sempre foi Deus; antes de ser formado, o Filho já estava no seio do Pai (Jo. 1:18).

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Jo. 1:1. 

Porém, este tema tem promovido grandes discussões entre os mais variados estudiosos das Escrituras, exatamente porque, os meios teológicos em geral desconhecem até hoje, os dois principais mistérios da Divindade do Filho de Deus; o qual agora, nos é revelado pelo Espírito Santo, nas duas glorificações de Cristo, no céu. 

“Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus”. 1 Cor. 2:10 

Descortinando o plano de Deus, desde as eras eternas: 

Nas eras Eternas, antes da criação de todas as coisas, o único ser incriado existente no céu era Deus. Nesse tempo, o Senhor ainda não era Pai, pois não havia criado nada. Isso passou a acontecer, depois que gerou o seu primeiro e único Filho, o único com os genes de Deus; o qual recebeu o atributo de Filho Unigênito de Deus (Jo. 1:14 e 3:16).
 
“Proclamarei o decreto: o Senhor me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei”. Sal. 2:7 

A geração do Filho de Deus no sentido espiritual, aconteceu diferente da criação dos demais seres viventes, invisíveis e visíveis: O Filho foi O ÚNICO GERADO DO INTERIOR DO PAI, para ser o modelo perfeito de toda a criação, recebendo a excelsa honra de ser chamado: FILHO UNIGÊNITO DE DEUS; O PRINCÍPIO, A PRIMÍCIA, O PRIMOGÊNITO de toda a criação, invisível e visível. 

“E ao anjo que está na igreja de Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus.” Apoc. 3:14. 

Assim, as demais criações foram formadas por Deus, através do Filho, e para a glória d’Ele. 

“Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez”. Jo. 1:3 

“Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele”. Col. 1:1

Com a geração de Seu Filho, Deus passou a ser Pai, tanto d’Ele quanto das hostes Celestiais, criadas depois. A partir daí, o Filho passou a ser o Primogênito de toda a criação. 

“O qual é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação.” Col. 1:15. 

O resumo das duas glorificações de Cristo em eras diferentes no céu: 

Depois que foi gerado, o Pai na sua infinita sabedoria e prudência fez com que seu Filho, permanecesse em oculto aos seres Celestiais, por Eternidades; lhe dando a forma inicial dum simples anjo, até chegar o tempo d’Ele receber a sua primeira glorificação publica no céu.
 
Muitas eras à frente, séculos depois da criação do nosso mundo, na plenitude dos tempos, Deus envia seu Filho à terra, agora em forma de carne, com outra missão: A de salvar seu povo de seus pecados (Mat. 1:21). Depois que cumpriu seu Ministério terreno, após sua morte e ressurreição; finalmente, o Filho recebe no céu, a sua segunda glória pública. Onde foi exaltado soberanamente, pelo Pai e pelos anjos, por sua obra salvífica perfeita. Naquela grande reunião, além dos vários atributos recebidos, também foi revelado às hostes Celestiais, que JESUS, É DEUS!!! Mas, isso veremos mais amiúde ao longo deste estudo. 

Conhecendo a hierarquia angelical: 

A criação Celeste foi formada de: Serafins, Querubins, Arcanjos e anjos; sendo Jesus feito o menor deles. -Os Serafins: Perfazem a primeira classe de anjos, que voam acima de Deus, estes possuem seis asas (Isa. 6:2).
 
-Os querubins: Perfazem a segunda classe de anjos, que assistem aos pés do Altíssimo no Jardim de Deus, estes possuem quatro asas (Eze. 10:20-21). Lúcifer pertencia à esta classe. 

-Os arcanjos: Perfazem a terceira classe dos anjos; os quais, fazem parte dos principados de milhares de anjos guerreiros do Senhor. Entre os quais, se encontra Miguel, que recebeu o nome de: Alguém como Deus.

-Os anjos: Perfazem a quarta classe mais simples dos anjos; entre os quais, estava o menor deles (Jesus). Fazia parte desta classe, também o mensageiro Gabriel. Mesmo assim, comparando a sua força e ciência em relação a nossa força e ciência humana, eles ganham de goleada (2Ped. 2:11). 

A odisseia (oculta) do Filho de Deus, antes da sua primeira glória no céu: 

Depois da criação de todas as coisas no céu, conforme dissemos acima, em sua infinita sabedoria e prudência, o Senhor Deus ocultou por eternidades, que Jesus era o seu Filho Unigênito. Mistério este, mais tarde escrito por Moisés... 

“As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei. Deut. 29:29 

Para cumprir a sua jornada oculta entre os seres Celestiais, o Pai deu ao Filho, o perfil dum simples anjo; e a missão d’Ele ser “O MENOR DENTRE OS ANJOS”. 
“Pois pouco menor o fizeste do que os anjos...” 

 Até chegar o tempo, d’Ele receber a sua primeira glória pública no céu; como está escrito: 
 “...e de glória e de honra o coroaste”. Sal. 8:5 

Nota: Não fazemos como algumas seitas, que afirmam que o anjo Miguel é Jesus; e sim, que o Filho de Deus, desde que foi gerado nas eras eternas; em razão do plano Divino, num primeiro plano recebeu um corpo espiritual dum anjo; até ao dia da Sua primeira glória no céu. Só então, a partir desse dia foi manifesto às hostes Celestiais, a Sua verdadeira identidade de: FILHO UNIGENITO DE DEUS! 

Da geração do Filho de Deus, à sua primeira glória no céu: 

Desde o dia que foi gerado, até ao tempo de receber a sua primeira glória, passaram-se muitas eternidades; neste longo período, Lúcifer passou a agir, praticando todo o tipo de mentiras no céu.

Conhecendo o perfil de Lúcifer: 

Lúcifer era “O QUERUBIM UNGIDO” que assistia aos pés de Deus; ele ocupava o segundo lugar de maior destaque na hierarquia angelical (Eze. 28:12 a 14). 

Os atributos de Lúcifer: 

Dentre a classe dos Querubins, Deus exaltou Lúcifer com vários grandes atributos (na terra temos passagem semelhante, em que o rei Assuero exaltou o Príncipe Amam, acima de todos os Príncipes da Pérsia– Ester 3) 
-Lúcifer foi criado perfeito por Deus (Eze. 28:15). 
-Ele era chamado de estrela da manhã (Isa. 14:12). 
-Ele Era um anjo de grande formosura (Eze. 28:13). 
-Ele tinha a missão de proteger Deus (Eze.28:14). 
-Ele era aferidor de medidas (Eze.28:12). 
-Ele era uma espécie de Maestro musical (Eze. 28:13). 
-Ele tinha grande sabedoria, sendo mais sábio que Daniel (Eze.28:3). 
-Ele era um dos querubins mais ricos do céu (Eze.28:4). 

A soberba de Lúcifer, em relação aos demais anjos: 

Nestes períodos eternos Lúcifer desfilava, como um dos mais importantes anjos do céu; dada a sua grande posição e sabedoria, ele deixou o orgulho lhe subir à cabeça; passando a ser tão prepotente, que já se não vestia mais de humildade; mas, de pedras afogueadas. 

“Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o Senhor Jeová: Tu és o aferidor de medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; a obra dos teus tambores e dos teus pífaros; estavam em ti; no dia em que foste criado foram preparados. Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas”. Eze. 28:12 a 14 
 
Os pecados de Lúcifer, antes de Jesus ser glorificado, como Filho de Deus: 

Ele tornou-se soberbo (Eze.28:5 e 17). 
Começou fazer comércio injusto no céu (Eze.28:16 e 18). 
Ele passou a odiar e perseguir todo aquele que não obedecesse às suas ordens; entre os quais, estava o menor, em forma de anjo - Jesus. 
Ao aplicar seus ensinamentos torcidos no céu, à cerca da Palavra de Deus (isso também repete-se hoje, com algumas denominações que se dizem cristãs); Lúcifer conseguiu conquistar a simpatia da terça parte dos anjos, os quais obedeciam cegamente a sua forma de doutrina. 

No Seu Evangelho, o Senhor Jesus fez um paralelo entre os escribas e fariseus com a mesma situação ocorrida no céu, antes; dizendo, que eles tinham como pai, a Lúcifer: Que foi homicida e mentiroso desde o princípio. 

“Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. João 8:44. 

A realidade dos fatos Celestes, manifestada tempos depois, através dos fatos terrestres (Sal. 9:7). 

A Escritura não fala diretamente, mas seguindo o exemplo dado por Salomão, sobre os acontecimentos espirituais ocorridos antes no céu; os quais se manifestariam em paralelos, depois na terra; podemos entender facilmente isso. 

“O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.” Ecl. 1:9 
 
Portanto, aquele anjo menor (Jesus) e os demais anjos que se recusavam a obedecer às ordens erradas de Lúcifer no céu, passou a ser odiados e perseguidos por ele. No livro de Ester temos uma fiel prefiguração disso, que tornou a se repetir na terra: 
- Lúcifer foi exaltado por Deus no céu - O Príncipe Amam foi exaltado pelo rei Assuero na terra (Ester 3). 
-Lúcifer perseguia o menor dos anjos (Jesus) e todos que recusavam obedecer a suas ordens no céu - Amam odiava e perseguia o Judeu Mardoqueu e seu povo de Israel na terra (Ester 3:5). 
-Na primeira grande reunião no céu, Lúcifer se assentou diante de Deus – No banquete do rei Assuero, Amam foi convidado a estar diante do rei (Ester 5:11-12). 
-Lúcifer foi envergonhado no céu; e Jesus glorificado – Amam foi envergonhado na terra; e Mardoqueu exaltado (Ester 6:6 a 13). 
-Lúcifer e a terça parte de seus anjos seguidores foram expulsos do céu (Apoc. 6:7 a 9) – Amam e seus filhos foram enforcados (Ester 7:9-10). 

Nota: Alguém poderia fazer a seguinte pergunta: Como pode Deus, em sua onisciência e onipotência, permitir que acontecesse isso no céu, sem interferir imediatamente nas obras más de Lúcifer? 
Simples: O Senhor não interferiu, porque tudo isso fazia parte do seu grande plano de GLORIFICAR SEU FILHO, DUAS VEZES; e em contra partida, manifestar e julgar as iniquidades de Lúcifer, nas eras futuras; revelando também naquele dia, a sua sabedoria e justiça à toda sua criação: Aos milhares de anjos e de homens, que seriam criados mais adiante, na terra. Aleluias....!!! (Col. 1:20 e Apoc. 5:1 a 14). 

A primeira glória pública de Cristo, no céu: 

Muitas eternidades depois da geração do Filho, e de ter terminado toda a criação Celeste, Deus faz a sua primeira grande reunião no céu (Em Jó 1:6 temos o exemplo de uma delas); com a finalidade de galardoar, “EXALTAR ALGUÉM” diante das hostes Celestiais. 
Como aconteceu com Amã, no banquete do rei Assueiro, Lúcifer logo assentou-se diante e Deus, pensando ser digno de receber tal honra do Senhor. Afinal de contas, não tinha ninguém no céu mais cotado que ele. Logo tomou assento no primeiro lugar da reunião. Aliás, este mau exemplo foi dado por ele, desde lá em cima: 

“Quando por alguém fores convidado às bodas, não te assentes no primeiro lugar; não aconteça que esteja convidado outro mais digno do que tu; E, vindo o que te convidou a ti e a ele, te diga: Dá o lugar a este; e então, com vergonha, tenhas de tomar o derradeiro lugar. Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado”. Luc. 14:8 a 11 

Para surpresa de Lúcifer, o Senhor chama diante do trono, alguém que se encontrava na última fila da reunião; aquele anjo menor, para ser coroado de honra de glória, por causa da sua vida de humilhação, obediência e fidelidade a Deus. Sendo manifestado publicamente à todas as hostes Celestiais, que Jesus não era um anjo; mas, seu próprio Filho. 
 “...e de glória e de honra o coroaste”. Sal. 8:5 

“Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles. Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho?” Heb. 1:4-5 



Nota: No céu, Deus chamou Jesus de seu Filho, três vezes: 
A primeira vez, particularmente, quando o gerou. 
A segunda vez, publicamente antes da cruz, diante das hostes Celestiais, no dia da sua primeira glória. 
A terceira vez, publicamente depois da cruz, diante das hostes Celestiais e diante dos homens da terra. 

Assim, como foi manifestado os pecados de Amam, cuja sentença foi a forca, e também seus sete filhos; e Mardoqueu exaltado diante do rei Assuero e dos príncipes de toda a Pérsia. Assim também, aconteceu com Lúcifer: As iniquidades dele e de seus anjos foram manifestas naquele dia; sendo envergonhados diante de Deus e dos santos anjos. 

“Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti”. Eze. 28:15 

E Jesus, glorificado... “...e de glória e de honra o coroaste”. Sal. 8:5 Aleluias...!!! 

Maria, mal sabia que ao dizer estas palavras, não se referia apenas a ela; mas também, à primeira glorificação recebida por Jesus no céu; daquele que, um dia seria seu filho, na terra. 

“Com o seu braço agiu valorosamente; Dissipou os soberbos no pensamento de seus corações. Depôs dos tronos os poderosos, e elevou os humildes”. Luc. 1:51-52 

A iniquidade de Lúcifer, depois da primeira glória de Cristo: 

Vendo cair por terra a sua sede de glória, e com inveja da excelsa glória recebida por Jesus no céu; o qual, passara da figura dum simples anjo, para a glória maior: A de Filho de Deus; Lúcifer se sentindo rejeitado, apelou para seu plano “B”; querendo pôr em pratica no céu o desejo oculto do seu coração: O de ser igual a Deus, colocando o seu trono, acima das estrelas de Deus. 

“Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo”. Isa. 14:14 “Filho do homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor DEUS: Porquanto o teu coração se elevou e disseste: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento no meio dos mares; e não passas de homem, e não és Deus, ainda que estimas o teu coração como se fora o coração de Deus”. Eze. 28:2

"E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte”. Isa. 14:13 

Diante das muitas iniquidades, finalmente Lúcifer recebe o seu juízo: A expulsão do céu, dele e de seus anjos, por Miguel e seus anjos: 

“Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te veem”. Eze. 28:18 

“E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus”. Apoc. 12:7-8 

”...por terra te lancei...” Eze. 28:17b. 

“E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas. E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho”. Apoc. 12:3-4 

O vazio e grande mal-estar criado no céu, por causa do pecado de Lúcifer: 

Uma vez que o pecado rompeu nas eras eternas; nem o céu e nem os anjos, já não eram mais puros diante de Deus; como disse Jó: ”Eis que nos seus santos não confiaria, e nem os céus são puros aos seus olhos". Jó 15:15. A partir da expulsão de Lúcifer e da terça parte de seus anjos, criou-se um vazio e um grande mal-estar no céu; pois, a maioria dos anjos que lá ficaram, eram companheiros dos anjos que foram expulsos. Muitos deles habitavam nas mesmas regiões Celestes. Outros participavam juntamente com eles, das mesmas atividades no céu por eternidades. Portanto, um vazio ficou patente entre os anjos 
Sobre a expulsão de Lúcifer, ninguém tinha dúvida de seus pecados. Mas, sobre a terça parte dos anjos expulsos do céu, a coisa já foi diferente. Em razão do livre arbítrio dado aos anjos, surgiu a seguinte questão: Será que entre os anjos que foram expulsos do céu, não havia nenhum justo? 

Alguém, ao ler isso, poderia dizer: Nossa como este escritor inventa coisas! Aonde está escrito esta passagem na Bíblia? 
Eu respondo que está escrito sim; é só conhecer a chave de interpretação bíblica espelho (1 Cor. 13:12), ou seja: De trás pra frente; fazendo um paralelo dos fatos bíblicos terrestres, ocorridos depois. Assim, nos é revelado os fatos Celestes ocorridos antes; os quais, não estão escritos de forma “direta”; mas indiretamente, em espelho e em enigma. 
Paralelo ao caso de acima, existe uma situação semelhante acontecida na terra muito tempo depois; quando Abraão, querendo poupar Ló, o seu sobrinho, e algum justo, que porventura poderia estar vivendo na cidade de Sodoma e Gomorra, antes da sua destruição, perguntou a Deus: 
“Destruirás também o justo com o ímpio?” Gen. 14:23. Prosseguindo ele disse: 

Gênesis 14:
24-Se porventura houver cinquenta justos na cidade, destruirás também, e não pouparás o lugar por causa dos cinquenta justos que estão dentro dela? 
25 -Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra? 
26- Então disse o Senhor: Se eu em Sodoma achar cinquenta justos dentro da cidade, pouparei a todo o lugar por amor deles. 
27- E respondeu Abraão dizendo: Eis que agora me atrevi a falar ao Senhor, ainda que sou pó e cinza.
28- Se porventura de cinqüenta justos faltarem cinco, destruirás por aqueles cinco toda a cidade? E disse: Não a destruirei, se eu achar ali quarenta e cinco. 
29- E continuou ainda a falar-lhe, e disse: Se porventura se acharem ali quarenta? E disse: Não o farei por amor dos quarenta. 
30- Disse mais: Ora, não se ire o Senhor, se eu ainda falar: Se porventura se acharem ali trinta? E disse: Não o farei se achar ali trinta. 
31- E disse: Eis que agora me atrevi a falar ao Senhor: Se porventura se acharem ali vinte? E disse: Não a destruirei por amor dos vinte. 
32- Disse mais: Ora, não se ire o Senhor, que ainda só mais esta vez falo: Se porventura se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei por amor dos dez. 
33- E retirou-se o Senhor, quando acabou de falar a Abraão; e Abraão tornou-se ao seu lugar. 

Conforme vimos, o livre arbítrio tanto dos anjos, quanto dos homens; algumas vezes nos levam a decisões erradas, fazendo duvidarmos até da justiça de Deus; como pensaram os anjos lá em cima

CONTINUA NA SEGUNDA PARTE

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